sexta-feira, 3 de outubro de 2008

E ela será amada...

E hoje eu dormi bem cedo e tudo que eu mais queria no momento era um copo de leite com café. Na verdade, não era o leite com o café que eu queria, era o que ele me fazia lembrar. Doces lembranças de inverno, doces pessoas, doces músicas, doces segredos e doces doces.
Eu sempre ia na mesma cafeteria desde que mudei pra Londres, sempre achei um lugar aconchegante, calmo, que eu me sentia em paz. Porém sentia muita falta do calor humano do Brasil, dos meus amigos e de uma certa moça em especial. Era bem obvio o que eu sentia por ela, até diria obvio demais.
Me recordando aqui da ultima vez que estive pelo Brasil, me conforta e aperta o coração. Lá estava eu com uma mala de médio porte na mão esquerda com poucas roupas, era tudo que eu precisava, preste a ir para o aeroporto. A despida dos meus amigos não foi dolorosa, apesar que não quizessem que eu fosse, eles sabiam que isso se fazia necessário. Da moça eu mal quis me despedir, na verdade não houve essa despedida, ficamos uns 20 minutos olhando um para o outro sem dizer nada, nem distante, nem perto. O silêncio cortava e sufocava. Eu sabia exatamente como ela estava e como eu estava, sabia naquele momento que eu nunca mais a veria. Olhei atentamente cada parte do seu corpo, olhei firme sua mente e sem dizer nada, apenas um sorriso sem graça, me virei e entrei no avião.
Quando cheguei em Londres estranhei o clima e não tinha nenhuma recepção, exceto o taxista a qual havia entrado em contato anteriormente.
Passei 4 longos anos na clinica me tratando, minha doença era inexplicavel, nenhum médico era capaz de dizer o que eu tinha. Eu só podia sair da clinica pra ir na cafeteria, e era bem cedo que eu fazia isso.
Infelizmente hoje já não posso mais ir tomar o meu café e me lembrar do que eu lembrava. Vejo uma luz bem forte no final da estrada, devo estar num estado que os médicos diriam "Ele está em coma", acho que é isso. Mas não posso voltar, eu preciso andar um caminho só, procurar alguém que eu nem sei quem sou. Vou em paz e eu sei, 'ela será amada (she will be loved).


Maroon 5 - She Will Be Loved

8 comentários:

Anônimo disse...

*.* niindo

Karla Hack dos Santos disse...

Uau...
Não esperava este final...
Logo no início lembrou algo de um conto que eu escrevvi (Au Revoir)
Muito bnom.. e com a música...
Lindo!

;D

bjus

Anônimo disse...

Lindissimo o texto!

surpriendente

e o seu livro vai lançar quando?
parabens!

musica s2

Anônimo disse...

Nossa Post muito massa,

Quando vai ter mais post? *----*

Anônimo disse...

Nossa cara! ficou show msm!!!

gostei pra caramba!

continue assim

Anônimo disse...

Um sentido subjetivo e diferente. Quem lê pode ter uma mistura de sensações,lembranças boas ou ruins,mas aquelas que se guarda sem que muitos percebam. Essa frase: "Lá estava eu com uma mala de médio porte na mão esquerda com poucas roupas, era tudo que eu precisava..." fez-me lembrar do que você sempre quiz.Sair pelo mundo afora em uma moto,levando apenas o essencial e em busca do que seria o essencial. Isso mesmo Douglaas.bjO!

Unknown disse...

' aain, que lindoo dogãao *--*
adoreei jhow. :D

bjs bjs . saudades. ♥

Unknown disse...

nussaa meu.kkk'
top delyne o post..*-*

muitoo doido..finalzin repiante..kk'

flws mermaoo
te cuidaa..
abraçao

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